de saudade de sua dona
Por Tatiana Sant'anna
Há sete anos morando no Cacuia, Suelen Moreira dos Santos, de 22 anos, já se acostumou à vida tranqüila do seu bairro e diz: “Não saio daqui por nada”. Suelen está gostando muito do projeto “Minha rua tem história”, pois antes do trabalho realizado nas oficinas, ela já se preocupava com a questão ambiental: “Muitas pessoas derrubam as plantas e não sabem o bem que elas trazem.” O pai de Suelen tem um sítio perto de Magé, em Piabetá, onde ela cresceu e aprendeu a preservar a natureza.
Ela também nos contou que, quando tinha uns dois meses de idade, o pai dela plantou um pé de limão. Com um ano de idade, ela já ia ao pé e pegava limão, pois a árvore era baixinha. Ela cuida das plantas desde criança: “Meu pai plantou um pé de limão pensando
Na conversa em frente à casa onde mora, Suelen mencionou uma interessante história que aconteceu com sua sogra, há alguns anos. Ela contou que uma roseira minguou depois da morte de sua dona. E esta roseira nunca mais nasceu novamente. Quem contou essa história foi seu esposo, pois ela não chegou a conhecer a sua sogra. “Muita gente não acredita que a planta tem vida, que gosta do seu dono. E eu acredito nessa história”, revela.
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O pé de roseira
>> Suelen Moreira dos Santos
Na época, tinha um pé de roseira linda no quintal da Suelen. Era sua sogra que cuidava muito bem dela, conversava, podava... Era o seu xodó. Até hoje, tem a marca da planta no seu quintal. Vivia cheia de flores... Sempre linda.
Certo dia, a dona da roseira adoeceu e junto com ela a planta também. Seu marido ficou desesperado pelo fato de a planta ter adoecido, pois ela era o xodó da sua esposa. Ele fez de tudo para salvar a planta.
A dona da roseira foi para o hospital e o estado da roseira ficava cada vez mais grave. Certo tempo depois a dona morreu e, após a sua morte, a roseira também morreu.
Nunca mais nasceu nenhuma flor. Seu esposo teve que arrancar a planta, pois nunca mais nasceu nada.
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