sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Em meio às árvores... Um bode

À procura de Bito
Equipe de reportagem: Tatiana Sant’anna, Daniela dos Santos, Renata Manso.
Fotos: Viviane Menezes

Das histórias de árvores para a história do bode. Nossa equipe esta semana resolveu inovar e correr atrás da história que fez o maior sucesso e que chamou a atenção de quem estava presente na oficina do projeto Minha Rua tem História, no Bairro Cacuia.

Incessantemente a procura da casa das principais personagens da história, achamos na rua Estrada da Pedreira, uma simpática moradora, Dona Sueli, que por sua vez era mãe das meninas que colocaram essa história em questão: Josele Silva, de 18 anos e Sueli Silva, de 20 anos.


Nossa conversa foi engraçada e divertida. E a história de Bito, o bode, não ficou por baixo. Conversa vai, conversa vem... As meninas disseram que estão adorando o Projeto Minha Rua Tem História e que a diversão é garantida: “Estou adorando o projeto. A gente ri bastante e se diverte. Adorei a oficina que teve, falando das árvores”, diz Josele. E não é só das histórias de árvore que vive o projeto. Aliás, sempre cabe mais um... Um bode.

A curiosidade foi à tona e perguntamos o porque da história do bode em meio a tantas árvores e Josele disse: “As árvores estão todas arranhadas, porque ele dava chifrada em tudo. Aí começamos a lembrar da história do bode... Que a minha mãe voou lá de cima do morro”, fala a jovem em meio aos risos.

Quando Bito fugia, era a maior correria: “Não sabíamos porque ele fugia. Foi uma comédia correr atrás do bode”. E completa: “Ai meu Deus! Que vergonha nós sujas, andando pela rua e os outros rindo da gente”, diz Josele.
Travessuras de Bito, o bode

“Foi assim. Meu padrasto resolveu comprar um bode, porque aqui tinha muito mato e ele queria um bode para acabar isso. Quando ele chegou em casa com o bode, Nossa! Ele era muito grande, de raça... Muito grande mesmo. Parecia até um filhote de bezerro.

O bode adorava ficar atrás da cabrita. E como a cabrita ficou grávida, minha mãe resolveu colocar o bode no terreno de cima. E como ele ficou muito tempo longe da cabrita, acabou ficando muito bravo.

Um dia, na manhã bem cedo, quando todos estavam dormindo, minha mãe foi alimentar o bode. Como ele estava muito enfurecido por ficar longe da cabrita, o bode deu uma chifrada na minha mãe que ela voou do barranco e foi parar atrás do chiqueiro, que é no terreno abaixo. Quando todos acordaram, vimos minha mãe toda ralada e, ficamos muito assustados.

Perguntamos o que havia acontecido e minha mãe falou: "O bode me deu uma chifrada! E eu fui parar atrás do chiqueiro!". Aí foi aquela risada. Minha mãe estava sentindo muita dor, mas acabou rindo do acontecido.

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